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FRAMBOESA CRÍTICA: “A Rainha da Ambição”

  • Foto do escritor: Portal Framboesa
    Portal Framboesa
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Os quatro primeiros capítulos da web novela A Rainha da Ambição mostram por que essa história se tornou um sucesso: manipulação, drama familiar e disputas de poder se unem em um clássico melodrama latino que prende do começo ao fim.


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A exibição de A Rainha da Ambição — adaptação do sucesso colombiano La Reina de la Codicia, escrita por Dave Soto — já chegou mostrando a que veio. Com personagens intensos, enredos cheios de emoção e um clima de novela clássica, os quatro primeiros capítulos apresentam uma trama forte e viciante, digna das grandes histórias latinas.


A história gira em torno de Estela, uma jovem humilde que luta para proteger os irmãos Joana e Sebastião, enfrentando humilhações e dificuldades diárias. Do outro lado, Carlota dos Santos, mulher rica, poderosa e manipuladora, representa o lado mais cruel da elite — alguém disposta a passar por cima de qualquer um para manter o que tem. Entre as duas, surge Alexis, noivo de Carlota, mas cada vez mais envolvido emocionalmente com Estela.


Desde o primeiro episódio, o texto mostra um conflito de classes bem marcado, alternando cenas da pobreza de Estela com os luxos sufocantes da mansão dos Santos. Essa oposição cria um pano de fundo perfeito para os embates entre heroína e vilã — e é justamente aí que a novela mostra seu maior potencial.


Carlota é uma vilã de personalidade forte, com atitudes cruéis e calculadas, mas que também deixa transparecer suas inseguranças. Já Estela, embora frágil nos capítulos iniciais, tem tudo para crescer como personagem e se tornar uma protagonista marcante. Alexis, por sua vez, surge dividido entre o dever e o desejo, criando uma tensão emocional que promete render bons momentos.


Outro ponto de destaque é o ritmo dos capítulos, que entregam cliffhangers eficazes — sempre terminando com um conflito forte ou uma revelação importante, incentivando o público a continuar acompanhando a trama. Além disso, a obra não foge de temas delicados, como pobreza extrema, abuso de poder, dependência emocional e vício, trazendo uma camada mais adulta à narrativa.


Contudo, há pontos a serem ajustados. Algumas cenas, especialmente as brigas entre Carlota e Estela, acabam se alongando um pouco mais do que o necessário. Além disso, os diálogos poderiam ganhar mais sutileza em certos momentos, tornando as interações menos expositivas e mais naturais. Estela, como protagonista, ainda está em construção — e um maior equilíbrio entre sua vulnerabilidade e ação ajudaria a fortalecê-la ainda mais.


Mesmo com esses detalhes, A Rainha da Ambição mostra-se uma história sólida e com identidade própria. É um melodrama intenso, com vilania afiada e emoção à flor da pele, que conquista quem gosta de novelas bem construídas e personagens marcantes.


NOTA FINAL: 8,8 / 10

 
 
 

1 comentário


Dave Soto
há um dia

Gostei muito dessa crítica e foi. Achei interessante ler mais uma opinião destacando os pontos positivos e negativos da novela anos depois de ter sido escrita. Achei legal que os cliffhangers tenham sido mencionados, porque sempre tento fazer com que minhas histórias (não só essa) terminem com um cliffhanger para deixar os leitores com vontade de ler o próximo capítulo.


Não tenho dúvida de que a história não é perfeita e concordo com o dito sobre os diálogos. Acho que, na época em que escrevi, eu tinha muita influência dos diálogos das telenovelas latinas clássicas, especialmente as mexicanas, mesmo sendo colombiano. Um autor do Portal Glook também destacou esse ponto lá em 2014.


Hoje, acho que se eu ou outro autor fizesse…


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